Não são somente as crianças que fazem com que aconteçam situações hilárias ou engraçadas no meu cotidiano.
As duas mais diferentes aconteceram com duas senhoras.
A primeira tinha setenta e quatro anos. Fui levar uma intimação da sentença do processo onde o filho dela era réu, como ele não estava, ficamos conversando na frente do portão e ela começou a me contar toda a história que envolveu o filho dela.
Isso é bem comum, por isso que eu digo que Oficial de Justiça tem um pouco de Psicólogo, fica sabendo de tudo o que aconteceu sem ter lido uma linha do processo porque as pessoas encontram uma maneira de desabafar. E eu gosto disso!
Continuando... ela chegou mastigando pé-de-moleque (época de Festa Junina, claro!), mas creio que ela tenha esquecido de engolir para falar comigo.
Eu não costumo falar com as pessoas usando óculos escuros - não acho legal falar sem olhar nos olhos - mas naquele dia foi inevitável.
Cada palavra que ela falava, um pedaço de amendoim voava em mim. Eu não sabia se sacudia minha blusa de lã, se me limpava ou se saía correndo. Por sorte (ou azar) ela se engasgou e entrou correndo para dentro de casa para tomar água.
Quando voltou, perguntou:
- "Quer um pé-de-moleque para levar para o trabalho?"
E eu, discretamente disse:
- "Não, obrigado, não gosto muito."
Mentira. Eu adoro. Mas não sei o porquê, fiquei meio enjoado.
A outra situação foi na casa de uma senhora de oitenta e dois anos. Uma mistura de Dercy Gonçalves com Elke Maravilha: maquiagem demais, roupas coloridas demais, colares demais, tudo demais. Mas muito querida.
A questão era que ela tinha solicitado a guarda da neta, mas tinha desistido. A intimação era a decisão do Juiz aceitando a desistência dela.
Para piorar minha situação, ela tinha problemas auditivos.
Ela queria que eu lesse todo o documento antes de assinar. Tudo tinha que ser aos berros e meu medo era de quem passasse pela rua, achasse que eu estaria assaltando aquela senhora, sei lá...
Depois de quase quarenta minutos para ler a decisão do Juiz ela me interrompeu no meio (de certo, nem estava escutando o que eu estava lendo) e disse:
- Quer tomar um café sensual?
CAFÉ SENSUAL? Para a situação não ficasse pior e para que eu não tivesse que perguntar aos berros o que ela quis dizer com “café sensual”, me fiz de desentendido e disse:
- Não obrigado, mas assine na primeira via e eu deixo a segunda! - Dei a caneta pra ela, que assinou, agradeci (aos berros) e fui embora.
E ela - toda feliz - na janela:
- “Apareça para um café, viu?”
Eu não!
kkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirMeu Deus do céu...
A primeira foi demais,
mas a segunda senhora...!
ahuahauahauahuahauahua
Parabéns pelas histórias, querido...
Sucesso.
Beijoooos.
Irmãozinho...deve ter lembrado de mim que precisa ser um pouco Psicólogo não é?
ResponderExcluirAcho que você deve guardar todas essas histórias e daqui um tempo escrever um livro.
Saudade, grande abraço.
Felipe Areco
COMO NÃO????? Eu exijo que tu voltes até a casa desta distinta senhora! Não podes deixar teu amigo curioso, deste jeito! O que vem a ser café sensual? E, ainda, feito por uma mulher de oitenta e dois anos?!? POR FAVOR!!!!! EU PRECISO SABER!!!!
ResponderExcluirSó não me passa o endereço desta jovenzinha!
Olha, as duas foram ótimas, a primeira imagino sua cara, lambusada é claro kkkkkkk mas na segunda concordo com o amigo ai de cima tu desves voltar pra matar a curiosidade de todos kkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEstou adorando esses fatos marcantes na sua vida.
Bjão
Marcuuusss
ResponderExcluirDemais os seus contos, adorei... Saudades... Me convida pro lançamento do livro tah?!
Bjãoo meu e do Patrik também!!
Ana Paula Ramos