Esta aconteceu numa região, que compreende como principais localidades (bairros e loteamentos): Rio Grande, Loteamento Laranjeiras e Barra do Aririú.
Foi uma semana que fiquei somente no Loteamento Laranjeiras, onde poucas são as ruas calçadas ou asfaltadas e ainda, para piorar, a chuva não deu trégua em dias anteriores deixando o local quase intransitável.
O mandado era de audiência de três pessoas, todas moradoras daquele local.
Ocorre que em certos lugares, as pessoas não se conhecem pelo nome, mas pelo apelido, o que foi o caso.
Peguei o mapa e fiz o itinerário, roteiro das ruas por ordem de chegada onde eu passaria, para minha felicidade a primeira pessoa da lista estava em casa, uma moça baixinha, cabelos crespos e pretos que tinha o apelido de “JAQUETA”.
Perguntei o porquê do apelido, e por incrível que pareça é porque ela brigou (de socos e pontapés) com uma vizinha que comprou uma jaqueta igual a que ela tinha. Que nervosa, não?!
Expliquei sobre o mandado – morrendo de medo que ela ou alguém da casa dela tivesse uma blusa de lã igual à minha - dizendo que era necessário que eu achasse as outras quatro pessoas (além dela), pois eram testemunhas de defesa do réu.
Com isso, já ganhei a confiança da moça, pois descobri assim, que o réu era “amigado” dela (como ela me explicou, não eram “casados no papel” mas “amigados”, ou seja, só conviviam juntos).
Ela olhou atentamente no mandado e foi indicando na ordem:
- “Este aqui é o MOEDA, mora na rua de trás numa casa de madeira azul” – e foi comigo à pé, porque a estrada estava coberta de lama, íamos pelos cantos das calçadas de grama.
Achamos o dito em casa, dormindo. Ele apareceu, grande, gordo e meio desengonçado com as calças bem baixas. Expliquei a necessidade da presença dele, que assinou a contrafé e voltou para dentro de casa, morto de sono e mal ouviu o que expliquei.
E ela, mais do que rapidamente, disse:
- “Viu porque o apelido dele é moeda?"
Eu, claro, me fiz de desentendido:
- “Não, porque?”
E ela, bem alto:
- “VIU O 'COFRINHO' DELE? É sempre assim, com as calças caídas sempre aparecendo...”
Rimos uns dez minutos sem parar!
Depois do longo momento de descontração, fomos para a segunda pessoa (terceira contando com ela) e mais um apelido veio à tona: CHULÉ.
Conforme me explicou, o apelido veio porque o cara usava direto sempre as mesmas meias, mas faleceu há alguns anos. Assim, ela me disse - com nítida sensação de alívio:
- “É uma pena não encontrar todos para a audiência, mas pelo menos não precisamos aguentar o chulé do Chulé.”
É, também acho. Dos males, o menor.
Foi uma semana que fiquei somente no Loteamento Laranjeiras, onde poucas são as ruas calçadas ou asfaltadas e ainda, para piorar, a chuva não deu trégua em dias anteriores deixando o local quase intransitável.
O mandado era de audiência de três pessoas, todas moradoras daquele local.
Ocorre que em certos lugares, as pessoas não se conhecem pelo nome, mas pelo apelido, o que foi o caso.
Peguei o mapa e fiz o itinerário, roteiro das ruas por ordem de chegada onde eu passaria, para minha felicidade a primeira pessoa da lista estava em casa, uma moça baixinha, cabelos crespos e pretos que tinha o apelido de “JAQUETA”.
Perguntei o porquê do apelido, e por incrível que pareça é porque ela brigou (de socos e pontapés) com uma vizinha que comprou uma jaqueta igual a que ela tinha. Que nervosa, não?!
Expliquei sobre o mandado – morrendo de medo que ela ou alguém da casa dela tivesse uma blusa de lã igual à minha - dizendo que era necessário que eu achasse as outras quatro pessoas (além dela), pois eram testemunhas de defesa do réu.
Com isso, já ganhei a confiança da moça, pois descobri assim, que o réu era “amigado” dela (como ela me explicou, não eram “casados no papel” mas “amigados”, ou seja, só conviviam juntos).
Ela olhou atentamente no mandado e foi indicando na ordem:
- “Este aqui é o MOEDA, mora na rua de trás numa casa de madeira azul” – e foi comigo à pé, porque a estrada estava coberta de lama, íamos pelos cantos das calçadas de grama.
Achamos o dito em casa, dormindo. Ele apareceu, grande, gordo e meio desengonçado com as calças bem baixas. Expliquei a necessidade da presença dele, que assinou a contrafé e voltou para dentro de casa, morto de sono e mal ouviu o que expliquei.
E ela, mais do que rapidamente, disse:
- “Viu porque o apelido dele é moeda?"
Eu, claro, me fiz de desentendido:
- “Não, porque?”
E ela, bem alto:
- “VIU O 'COFRINHO' DELE? É sempre assim, com as calças caídas sempre aparecendo...”
Rimos uns dez minutos sem parar!
Depois do longo momento de descontração, fomos para a segunda pessoa (terceira contando com ela) e mais um apelido veio à tona: CHULÉ.
Conforme me explicou, o apelido veio porque o cara usava direto sempre as mesmas meias, mas faleceu há alguns anos. Assim, ela me disse - com nítida sensação de alívio:
- “É uma pena não encontrar todos para a audiência, mas pelo menos não precisamos aguentar o chulé do Chulé.”
É, também acho. Dos males, o menor.
hauahauhauahauaha
ResponderExcluirMuito bom esses apelidos!
Não tem como não rir por causa deles...
Beijos.
Moeda foi ótimo!!!
ResponderExcluirheheheh
Bjos!
Manu.
kkkkkk
ResponderExcluirrimos todos aqui no escritório com a "Jaqueta" o "cofrinho" e o finado "Chulé" rsrsrs
Bjos
Fernanda