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Desde que comecei o trabalho como Oficial de Justiça encontrei nas várias regiões, pessoas cujas vidas surpreenderam-me, enobreceram-me, fizeram-me rir e chorar. E já nessa nova localidade, conheci uma senhora muito especial.
Seu nome é Rosária, oitenta anos, que me atendeu numa educação inexplicável. Sua casa é bem simples numa localidade denominada Pontal (um dos locais da região que atualmente faço), estava na janela da casa, vendo a movimentação da rua. Parei o carro para pedir informações, me orientou sobre quem eu procurava e falou toda empolgada:
- "Eu te conheço! Você é o menino do jornal, não é? Eu sei que é, eu vi!"
Depois que eu confirmei, saiu de dentro de casa e veio para a porta, toda contente. Pediu que eu sentasse para conversar com ela, porque "passa muito tempo sozinha e depois que os filhos casaram, quase não aparecem por lá". E assim fiz.
Ela contou que veio de Lages/SC, que trabalhava na roça desde cinco anos de idade e que mora em Palhaç..., ops, Palhoça, há quase dois anos. Falou que recebe a aposentadoria do marido, que recebe ajuda da vizinhança e dos filhos, contou sobre os bailes que ia com seu falecido esposo, da sua casa cheia de visitas e viajamos no tempo ouvindo as histórias dela. Com a empolgação, perguntei o que ela realmente gostaria de fazer. Mais do que rapidamente, respondeu:
- "Tomar chimarrão! Faz tempo que não tomo chimarrão. Tenho a cuia e a bomba, mas não dá pra comprar a erva"...
Naquele instante lembrei dos pequenos grandes desejos do pessoal do Frei Damião que conheci. Coisas tão pequenas e tão insignificantes para muitos e importantes para outras. Disse que qualquer hora eu passaria para tomar chimarrão com ela (eu não gosto muito).
Na hora de eu ir embora, ela me deu um abraço tão forte - em forma de agradecimento - que percebi o quão importante foi passarmos aqueles momentos juntos, pelo simples fato de ouvir suas antigas histórias.
Uma coisa é certa: as pessoas podem não lembrar exatamente o que você fez ou disse mas certamente sempre se lembrarão de como você as fez sentir.
Amanhã tem chimarrão!
Marquito, bela publicação... simples e que nos diz tudo. Assim como a frase no seu site de caligrafia, "UM PEQUENO DETALHE PODE FAZER UMA GRANDE DIFERENÇA". É isso aí garoto! Tenha sempre um excelente trabalho! Abração!
ResponderExcluirAMIGO,
ResponderExcluirPARABÉNS MAIS UMA VEZ POR FAZER A DIFERENÇA. E QUE VENHA O CHIMARRÃO!
GRANDE ABRAÇO!
É interessante como uma pessoa consegue transformar seu trabalho numa oportunidade de se doar... Marcus, você se expressa muito bem, é agradável ler seus textos e também ver como passa bem o seu tempo.Um abraço.
ResponderExcluirOlá Marcus!
ResponderExcluirEsse é você... sempre fazendo a diferença com seus gestos de bondade e muito amor!
sempre lhe desejamos muita sorte e que você seja muito feliz.
E QUANTO AO CHIMARRÃO, VOCE ACABA ACOSTUMANDO E VAI PASSAR A GOSTAR, MAS QUE BARBARIDADE TCHÊ!!!
Um grande abraço
Marcus,
ResponderExcluirTê-lo sempre por perto é uma grande alegira, digo, FELICIDADE. Deus, na sua infinita sabedoria,não aproxima as pessoas por acaso, tudo, mas tudo mesmo têm sua razão de ser, seja um acontecimento bom ou ruim, mas sempre existe o porque, e não foi em vão que nos tornamos tão próximos, pois após reencontrá-lo, muitas coisas mudaram em minha vida, para melhor claro, pois um anjo em forma de um amigo faz muito a diferênça em nossas vidas. Obrigado amigão. Esse anjo está mais do que identificado nessas obras e contos maravilhosos que você aqui nos expôes. Parabéns e obrigado. Um forte abraço, GRANDE pessoa, GRANDE amigo.