"Até onde você vai na vida depende de
ser terno com os jovens, paciente
com os idosos, simpático com os esforçados
e tolerante com os fracos e fortes.
Porque em algum momento da vida você
vai descobrir que já foi tudo isso."
George Washington
A frase acima é o que pensei quando conheci um casal de idosos ao cumprir um mandado hoje na Praia de Fora, em Palhoça/SC. Mas antes de ler o restante desta publicação, peço a gentileza de ver o vídeo abaixo para entender o sentido do texto de hoje:
Era uma intimação simples de audiência para os dois.
A casa fica num morro e eles moram na parte debaixo, como se fosse um porão.
Ele é cadeirante, com uma perna amputada e dificuldade na fala e movimentação nas mãos. Não escreve e enxerga pouco. Observa mais do que fala, mas gosta de conversar e é muito carinhoso.
Ela conta que sofreu um princípio de AVC há aproximadamente um ano, conversa bastante (e eu nem gosto, né?) e é muito agradável.
Depois de explicar pausadamente sobre a audiência, grifar com caneta marca-texto a data, hora e local, fiquei ouvindo suas histórias.
Aliás, é nesta hora que me identifiquei com a frase inicial desta publicação. Percebi o quanto foi importante para eles eu ter paciência para ouvi-los. E no decorrer da conversa, consegui identificar algumas necessidades dos dois.
Quando eu estava chegando na casa, um moço estava saindo. Ele trabalha num mercado próximo do local e tinha ido levar umas compras feitas a pedido da senhora. Eram poucas coisas: um pacote de frango congelado, uma caixa de suco, duas maças, um pacote de papel higiênico e um sabonete.
Voltando à conversa com a senhora, explicou que ele usa fraldas e que nem sempre tem no posto de saúde. Não soube falar sobre medicamentos mas o que ela mais tem dificuldade é na compra de mantimentos e produtos de higiene.
No meio do papo ela pergunta:
- "Marcus, você conhece algum político?"
- "Não, senhora, porque?" - respondi
- "Porque eu queria fazer uma listinha do que precisamos".
- "Eu faço pra senhora".
E ela começou a ditar:
- "Arroz, macarrão, adoçante, leite, frutas, "verdurinha", papel higiênico, xampu e sabonete. Cesta básica não é bom porque muita coisa que vem não podemos comer. Deu, só isso".
- "Tá bom, quem sabe eu encontro alguém que possa ajudar".
Na hora de ir embora ela disse: "quer almoçar com a gente, hoje tem frango!" - agradeci e disse que apareceria outra vez para conversarmos mais. E como promessa é dívida...
... é neste momento que entramos na história!
Amanhã, como estou atuando naquela região, vou tentar passar por lá e ver o que mais precisam (o inverno está chegando!) e neste final de semana vou montar uma "cesta básica personalizada" para levar para o casal até a próxima quarta-feira.
Quem quiser ajudar, pode mandar e-mail para contosoficiais@gmail.com.
Por fim, o importante não será apenas os mantimentos, as doações, mas sim a atenção dada aos dois. Que se sintam lembrados, acolhidos.
Lembrando sempre que um pequeno detalhe pode fazer uma grande diferença!
Gente que fofo, tô apaixonada!Que bom que ainda existe pessoas de coração bom neste mundo cão. Valeu pela atitude!
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